A classificação do relevo brasileiro foi desenvolvida pelo geógrafo Jurandyr Ross no final do século XX. Ross classificou o relevo brasileiro em três grandes unidades: Planaltos, Planícies e Depressões. Essas unidades são subdivididas em diversas unidades menores, que variam de acordo com as características geológicas, geomorfológicas e climáticas de cada região do país.

Planaltos brasileiros

Os planaltos são as grandes unidades do relevo brasileiro, e representam cerca de 36% do território nacional. Eles são formados por rochas antigas e resistentes, que foram expostas à superfície por processos de erosão. Os planaltos são caracterizados por altitudes elevadas, relevo acidentado e clima frio.

Os planaltos brasileiros são subdivididos em três grandes grupos:

• Planalto Atlântico
• Planalto Central
• Planalto Meridional

Planalto Atlântico

O Planalto Atlântico é uma faixa de terreno que se estende ao longo da costa leste do Brasil, desde o Rio Grande do Sul até o Ceará. Ele é formado por rochas cristalinas e metamórficas, que foram expostas à superfície pela erosão.

O Planalto Atlântico é subdividido em várias unidades menores, como a Serra do Mar, a Serra da Mantiqueira, a Serra Geral e a Serra do Espinhaço. Essas serras são caracterizadas por altitudes elevadas, relevo acidentado e clima frio.

Planalto Central

O Planalto Central é uma vasta região que se estende pelos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins e parte do Distrito Federal. Ele é formado por rochas antigas e resistentes, que foram expostas à superfície pela erosão.

O Planalto Central é caracterizado por altitudes elevadas, relevo acidentado e clima tropical semiárido. Ele é subdividido em várias unidades menores, como a Chapada dos Guimarães, a Chapada dos Veadeiros e a Serra da Canastra.

Planalto Meridional

O Planalto Meridional é uma região que se estende pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ele é formado por rochas antigas e resistentes, que foram expostas à superfície pela erosão.

O Planalto Meridional é caracterizado por altitudes elevadas, relevo acidentado e clima subtropical úmido. Ele é subdividido em várias unidades menores, como a Serra do Mar, a Serra Geral e a Serra do Sudeste.

Planícies brasileiras

As planícies são as unidades do relevo brasileiro que apresentam altitudes baixas e relevo suave. Elas são formadas por sedimentos recentes, que foram depositados pelos rios e pelo mar ao longo do tempo. As planícies brasileiras representam cerca de 25% do território nacional.

As planícies brasileiras são subdivididas em duas grandes unidades:

• Planícies Litorâneas
• Planícies Interiores

Planícies Litorâneas

As Planícies Litorâneas são uma faixa de terreno que se estende ao longo da costa leste e nordeste do Brasil. Elas são formadas por sedimentos recentes, que foram depositados pelo mar ao longo do tempo.

As Planícies Litorâneas são caracterizadas por altitudes baixas, relevo suave e clima tropical úmido. Elas são subdivididas em várias unidades menores, como os Tabuleiros Costeiros, as Várzeas Litorâneas e as Restingas.

Planícies Interiores

As Planícies Interiores são uma vasta região que se estende pelos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e parte do Mato Grosso. Elas são formadas por sedimentos recentes, que foram depositados pelos rios ao longo do tempo.

As Planícies Interiores são caracterizadas por altitudes baixas, relevo suave e clima tropical semiúmido. Elas são subdivididas em várias unidades menores, como o Pantanal, o Vale do Paraná e o Vale do São Francisco.

Depressões brasileiras

As Depressões são as unidades do relevo brasileiro que apresentam altitudes ainda mais baixas do que as planícies, e relevo geralmente suave. Elas são formadas por rochas sedimentares e vulcânicas, que foram depositadas em bacias sedimentares ao longo do tempo. As depressões brasileiras representam cerca de 39% do território nacional.

As depressões brasileiras são subdivididas em duas grandes unidades:

• Depressões Periféricas
• Depressões Interiores

Depressões Periféricas

As Depressões Periféricas são uma faixa de terreno que se estende ao longo do litoral do Brasil. Elas são formadas por rochas sedimentares e vulcânicas, que foram depositadas em bacias sedimentares ao longo do tempo.

As Depressões Periféricas são caracterizadas por altitudes baixas, relevo suave e clima tropical úmido. Elas são subdivididas em várias unidades menores, como a Depressão Amazônica, a Depressão do São Francisco e a Depressão do Paraná.

Depressões Interiores

As Depressões Interiores são uma vasta região que se estende pelos estados do Mato Grosso, Goiás, Tocantins e parte do Maranhão. Elas são formadas por rochas sedimentares e vulcânicas, que foram depositadas em bacias sedimentares ao longo do tempo.

As Depressões Interiores são caracterizadas por altitudes baixas, relevo suave e clima tropical semiárido. Elas são subdivididas em várias unidades menores, como o Pantanal, o Vale do Araguaia e a Depressão do Parnaíba.

Conclusão

A classificação do relevo brasileiro Jurandyr Ross é fundamental para compreender a geografia do Brasil. Ela permite entender as diferentes características geológicas, geomorfológicas e climáticas de cada região do país, e é utilizada por geógrafos, geólogos, biólogos e outros profissionais que estudam o território brasileiro.

FAQs

1. Qual é a importância da classificação do relevo brasileiro?

A classificação do relevo brasileiro é importante porque permite entender as diferentes características geológicas, geomorfológicas e climáticas de cada região do país. Ela é utilizada por geógrafos, geólogos, biólogos e outros profissionais que estudam o território brasileiro.

2. Quais são as principais unidades do relevo brasileiro?

As principais unidades do relevo brasileiro são os Planaltos, as Planícies e as Depressões. Cada uma dessas unidades é subdividida em várias unidades menores, que variam de acordo com as características geológicas, geomorfológicas e climáticas de cada região do país.

3. Quem desenvolveu a classificação do relevo brasileiro?

A classificação do relevo brasileiro foi desenvolvida pelo geógrafo Jurandyr Ross no final do século XX.