Introdução

Anita Malfatti é uma das mais importantes artistas brasileiras do século XX. Ela se destacou na década de 1920, quando realizou uma exposição em São Paulo que causou polêmica e dividiu a opinião do público e da crítica. Uma das obras que mais chamou atenção na mostra foi “O Homem Amarelo”, que se tornou um ícone da arte moderna brasileira. Neste texto, vamos conhecer mais sobre a artista e sua obra.

Anita Malfatti

Anita Catarina Malfatti nasceu em São Paulo em 1889, em uma família de origem italiana. Desde criança, mostrou interesse pela arte e foi incentivada pelos pais a estudar desenho e pintura. Em 1910, viajou para a Europa, onde estudou com importantes artistas, como Fritz von Uhde e Lovis Corinth. Ao retornar ao Brasil, em 1914, começou a expor suas obras em mostras coletivas.

A Exposição de 1917

Em 1917, Anita Malfatti realizou sua primeira exposição individual em São Paulo. A mostra foi intitulada “Exposição de Pintura Moderna” e apresentou cerca de 50 obras da artista. A exposição chamou a atenção do público e da crítica, mas não de forma positiva. Muitos consideraram as obras de Anita Malfatti estranhas e feias, e criticaram sua técnica e estilo.

O Homem Amarelo

Uma das obras mais comentadas da exposição foi “O Homem Amarelo”. O quadro retrata um homem semelhante a um macaco, com pele amarela e olhos arregalados. A obra foi inspirada em um conto do escritor americano Jack London, intitulado “O Homem com as Mãos de Tesoura”. Anita Malfatti utilizou cores fortes e contrastantes, o que causou estranheza e impacto no público.

A Polêmica da Exposição

A exposição de Anita Malfatti gerou uma grande polêmica na época. Muitos críticos e intelectuais consideraram as obras da artista como sendo de mau gosto e sem valor artístico. Um dos principais críticos da exposição foi Monteiro Lobato, que publicou um artigo no jornal “Estado de S. Paulo” intitulado “Paranoia ou Mistificação?”. Lobato criticou duramente as obras de Malfatti, afirmando que ela era uma artista sem técnica e que suas obras mais pareciam “um amontoado de coisas que não têm pé nem cabeça”. A crítica de Lobato gerou uma grande repercussão e dividiu a opinião do público e dos artistas.

A Influência de Anita Malfatti

Apesar da polêmica em torno de sua exposição, Anita Malfatti teve uma grande importância para a arte brasileira. Ela foi uma das pioneiras da arte moderna no país e influenciou muitos artistas que vieram depois dela. Além disso, sua exposição de 1917 é considerada um marco na história da arte brasileira, pois foi a primeira vez que um artista brasileiro apresentou obras com características modernas.

O Grupo dos Cinco

Anita Malfatti foi uma das integrantes do Grupo dos Cinco, um grupo de artistas que se uniu em São Paulo em torno do interesse pela arte moderna. Além de Malfatti, o grupo era composto por Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Juntos, eles realizaram diversas exposições e manifestos em defesa da arte moderna no Brasil.

Conclusão

Anita Malfatti foi uma das artistas mais importantes da história da arte brasileira. Sua exposição de 1917 causou polêmica e dividiu a opinião do público e da crítica, mas também marcou o início da arte moderna no país. “O Homem Amarelo” é uma obra icônica da artista e representa a força e o impacto de sua obra.

FAQs

1. Quem foi Anita Malfatti?

Anita Malfatti foi uma artista brasileira que se destacou na década de 1920. Nascida em São Paulo, em 1889, ela estudou na Europa com importantes artistas e realizou sua primeira exposição individual em 1917.

2. O que foi a exposição de 1917?

A exposição de 1917 foi a primeira exposição individual de Anita Malfatti em São Paulo. A mostra, intitulada “Exposição de Pintura Moderna”, apresentou cerca de 50 obras da artista e gerou polêmica e divisão de opiniões entre o público e a crítica.

3. Qual a importância de Anita Malfatti para a arte brasileira?

Anita Malfatti foi uma das pioneiras da arte moderna no Brasil e influenciou muitos artistas que vieram depois dela. Além disso, sua exposição de 1917 é considerada um marco na história da arte brasileira, pois foi a primeira vez que um artista brasileiro apresentou obras com características modernas.